“A grama do vizinho é sempre mais verde”. Quem mora em casa sabe como é difícil manter a grama sempre verdinha e bonita. Tem dias em que ela parece estar amarelando, em outros cresce rápido demais e quando seca é um “Deus nos acuda” para devolver a vivacidade do terreno. Deixar a grama mais verde que a do vizinho exige cuidado, paciência e um olhar recorrente na previsão do tempo. Quer deixar o seu gramado mais lindo que o novo do Maracanã? Então confere nosso “Manual do gramado verde” para deixar seu jardim muito mais bonito.
Você sabia que existem diferentes tipos de grama? Cada tipo de gramado tem suas peculiaridades e especificações.
Esmeralda: Ela é típica das áreas mais quentes. A mais utilizada no Brasil, pelo preço baixo e a capacidade de se manter em solos pobres, fica ótima em locais que pegam o sol diretamente e não precisam de sombra.
São Carlos: A mais frágil das espécies, a São Carlos é indicada para locais com pouco tráfego e muita sombra. Se mantém facilmente verde, mas exige muito mais cuidado do que as outras.
Batatais: Esse tipo de grama é a mais conhecida. Suas folhas são mais largas e o crescimento mais rápido que outras espécies, por isso em períodos de chuva exige uma poda de 15 em 15 dias. Também é bastante resistente aos locais ensolarados e ao tráfego de pessoas.
Santo Agostinho: Aguenta muito bem o tráfego de pessoas e, como é adequada a climas quentes, pode ser plantada em casas de praia, pois tem alta tolerância a salinidade do litoral.
Bermudas: Também conhecida como grama japonesa, é indicada para uso em jardins residencias, mas deve ser aparada com maior regularidade para não acabar abafando a terra.
Zoysia: É a mais difícil de ser encontrada, se adapta bem a climas frios e salinos. De crescimento lento, demanda pouca manutenção ideal para as casas de praia.
Um item fundamental para que a grama do seu jardim seja sempre verde é plantá-la adequadamente ao tipo de solo e de clima da sua região. Para isso, consulte um agrônomo ou um paisagista para escolher a ideal para o seu jardim.
Podar o gramado é tão importante quanto regar. A poda fortalece o crescimento da planta e previne o abafamento causado pelo crescimento irregular. Para cada tipo de grama há uma altura ideal, porém, independentemente do tipo da grama, é necessário varrer muito bem e retirar o máximo possível as aparas para que não sequem e atrapalhem o arejamento do solo.
Ter o jardim repleto de joaninhas é sinal de boa saúde para a sua grama. As joaninhas ajudam no arejo do solo e de quebra se alimentam de algumas espécies prejudiciais ao crescimento do gramado. Minhocas também são as melhores amigas da sua grama verde, o humus produzido por elas é um fertilizante natural que influencia diretamente no crescimento e fortalecimento do solo e do gramado.
Esquecer de adubar: assim como outras plantas, o gramado também exige um adubo específico. Um solo rico em nitrogênio e potássio promove o crescimento forte das gramíneas. Para adubar prefira o início das estações mais quentes. Uma ou duas vezes por ano já é suficiente.
Cortar com equipamentos ruins: se o corte não for feito com uma tesoura – ou lâmina – bem afiados, as folhas da grama serão mastigadas ao invés de cortadas. Com as folhas danificadas a possibilidade do aparecimento de fungos e ervas daninhas é maior e pode acabar com o seu gramado.
Dejetos de animais: tem gato ou cachorro em casa? Não deixem que façam xixi ou coco no gramado. Caso aconteça, jogue bastante água misturada com um pouco de terra vitaminada no local.
Formicidas: o uso de pesticidas e formicidas é, de longe, o maior erro. Além de danificar a raiz da grama, pode infectar outros alimentos e plantas e acabar prejudicando a sua saúde. No caso de pragas, procure um especialista e dê preferências para soluções naturais.
Gostaram do nosso guia? Agora é por a mão na massa e não ter mais desculpa para dizer que a grama do vizinho é mais verde que a sua!